segunda-feira, 12 de maio de 2014

O Valor Simbolico da Flecha nas Pinturas Rupestres de Meconta


O VALOR SIMBÓLICO DA FLECHA NAS PINTURAS RUPESTRES DE NAKWAHO I (MECONTA)

Meconta é um dos 19 Distritos da Provincia de Nampula, que  fica na zona Centro leste , com uma superficie de 3.786 km2  e uma População estimada, à data de 1/1/2005, em 147.145 habitantes. O seu clima é caracterizado por ser  sub-humido e a base da economia local é, como em outras regiões de Moçambique, a ageicltuta (c.f. METIER, 2005, p.2).

Nakwaho fica a aproximadamente 10 Km da vila Sede do Distrito (Meconta) e a 2.5 Km da Estrada Nacional nº xx. Nesta região existem os locais históricos como:  Nakwaho I, Nakwaho II e Nakwaho III.

Segundo NIPUETE (2013) geralmente os turistas e estudantes interessam-se em visitor  Nakwaho I enquanto a população circunvizinha e de outros cantos do distrito e da Provincia afluem em Nakwaho II e Nakwaho III para o culto tradicional e afins. Está na origem desta situação, o facto de nos outros locais não existirem as gravuras antigas [as pinturas rupestres][1]. Existem apenas grutas para onde os nossos  antepassados se refugiavam  (RAIMUNDO[2], 2013, cp).

No entanto,  Nakwaho I, assim como os outros locais representam,  para a população local, saúde, paz, poder , fé. É um local de apredizagem, de contacto com os antepassados, e de cultivo das tradições (pois, preserva os mais antigos espiritos e inspira, até no nossos dias, a vida da comunidade

Como se referiu em linhas anteriores, Nakwaho I atrai à comunidade académica, e que foi também a razão da nossa visita,  pela presença de pinturas rupestres[3] . Como se sabe, esta arte contuia representações simbolicas dos povos primitivos. Assim, num simples olhar em torno daquelas gravuras se podem perceber imagem como: materiais de guerra (flechas e zagaias), animais, casas figuras humanas ( homens e mulheres gravidas) entre outras.

 Esta constui apenas a visão sobre as imagens (que pode  ser de todos), mas a interpretação do seu valor simbolico tem sido individual, porque cada um interpreta do seu modo, cada figura representa uma informação que só podia ser interpretada por quem a escreveu (RAIMUNDO, op cit, cp.). Esta ideia tambem corobora com a de GUEVARA in LLERENA (2003:190-191), qando considera que  a arte rupestre não é equivalente  a  uma linguagem falada ou escrita. Elas representam ideias e simbolos, mas não de uma maneira linear e eviedente como a palavra ou a escrita. Mas, mais em diante, o mesmo autor aconselha que o que podemos fazer hoje em dia para “entender” esta arte é observer um conjunto de factores gerais, as pedras, o meio ambiente e considerer os aspectos fundamentais da cultura pre-historica para aproximarmos da ideia do que significa. Quanto muito mais aspectos considerarmos, mais aproximada será a nossa interpretação.

Naquelas obervação às gravuras, chamou-nos atenção a figura da Flehca, instrumento utilizado naquelas comunidades como de guerra e caça. Sabe-se tambem que aquele local foi basicamente usado como de refugio para as guerras, pois, a sua localizção permitia facilmente localizer o inimigo (RAIMUNDO, 2013, cp.). Outro factor derivado a este é o de que se vivia aqueles momentos num ambiente de guerras pela posse de excedentes e terras (tribais).

Com  estes dados pode-se pereber aquela figura (flecha) como simbolizadora de instrumento de salvação e de conquista de poder para os membros da comunidade.

 

Bibliografia

GUVARA, A.  R. Aller de Patrimonio y Arte Rupestre. In LLERENA, J. B.. Manual de   

                    Patrimonio Cultural y Natural, Arica y Parinacota. s/ed., Chele, FUNDART, 2003.

                   Online disponível na internet via http://www.ilam.org/ILAMDOC/ManualPatrimonio.pdf   

                    acesso no dia17 de Outubro de 2013.

METIER-MIAE.. Perfil do Distrito de Meconta – Provincia de Nampula. s/ed., Maputo, Perfis

                               Distritais, 2005. Online disponível na internet via http://www.govnet.gov.mz  

                            acesso no dia17 de Outubro de 2013.

NIPUETE, V.. Pinturas Rupestres de Nakwaho. s/ed., Nampula, 2013.

 




[1]Negrito nosso
[2] João Raimundo (Lider Comunitário Meconta).
[3] “Arte” Rupestre é o nome que se dá ao tipo de “arte” mais antigo da história, baseado principalmente nas pinturas, desenhos ou representações artísticas gravadas nas paredes e tetos das cavernas. (DE BRITO, s/d., p.1)

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